DESABAFOS
O LADO NEGATIVO DAS POLÍCIAS
Todos os dias é notícia, mais um caso da
chamada “brutalidade policial “…
O inocente cidadão, que apenas ocupava o
tempo a furtar mais um carrito, quando surpreendido pela PSP , que lhe travou o
negócio, sentiu-se revoltado pela descriminação e resistiu aos captores. Mal
teve tempo de ripar do canivete das unhas
( um pequenino utensílio de 15
centímetros de lâmina ! ) e amandar uma naifada
a um agente da autoridade que, coitado, apenas estava a cumprir a sua
missão e que, brutalmente e sem respeito pelos direitos do pobre cidadão, deu-lhe com o
cassetete na pinha onde foi suturado com dois pontos.
Claro que o cidadão se queixou da brutalidade policial e abuso de
autoridade do que resultou o agente
estar a ser alvo de inquérito por parte
do Ministério Público e, desnecessário se torna dizer: “ o cidadão foi
libertado no dia seguinte “ - porque
ainda há muitos carros por ai estacionados, ourivesarias para assaltar,
velhotes indefesos para torturar, e esticões para aplicar, etç, etç, e o
vendedor da droga não fia , como o Ti Zé do lugar da fruta. “
Quanto ao agente, que levou a naifada, afinal, ainda por cima, foi
castigado. Veja-se : foi cortado “ sem querer “ pelo cidadão que no momento
limpava as unhas encostado ao carrinho que
tão oportunamente ali estava para seu cómodo…
Depois de duas semanas de hospital, o agente voltou ao ativo,
repreendido e ficando esclarecido que
não se deve perturbar os cidadãos quando pacatamente limpam as unhas.….
Se um polícia ou guarda republicano
espatifarem um carro, por acidente
( àa vezes numa perseguição )em
serviço estão metidos numa embrulhada e. muitas vezes, acabam por pagar as
reparações com descontos periódicos no seu miserável vencimento.
Do mesmo modo que – se tiver o azar de nesse acidente ficar aleijado,
como não tem seguro… exactamente como um profissional de saúde quando vítima de
acidente numa ambulância de serviços oficiais, porque as viaturas do Estado não
têm seguros de passageiros, ao contrário do que é obrigatório para os cidadãos
em geral.
E se o polícia for tão desastrado
que se “ ponha mesmo no caminho de uma bala que lhe rouba a vida “ ?
Sem problemas . A viúva e os filhos recebem das altas individualidades
uns presentinhos, uma palavra de condolências e promessas de compensações que,
embora lhes não devolvam o marido ou pai, talvez lhe permitam viver como
anteriormente. Mas ficam a viver de
promessas e empréstimos ou duma subscrição feita pelos colegas.
Apesar de todo este quadro envolvente, a polícia vai funcionando. Umas
vezes bem e outras nem tanto - como
qualquer um de nós na sua profissão.
A dedicação, o cumprir e o assumir o risco da própria vida não conta.
Afinal quem protege a Polícia para que nos possa proteger ?